Decidir poderia ser somente mais um verbo, transitivo, intransitivo etc.
Mas, decidir é mais.
Decidir é reunir argumentos próprios e racionalizar um determinado processo para escolher.
Porém, toda escolha implica em uma, ou mais renúncias; e aí começa o inimigo da decisão, o dilema, a dúvida, as opiniões, os outros.
Tem gente que diz ser decidida. Mas que atire a primeira pedra quem já não vacilou, deixou de decidir prontamente, se fez de morto, empurrou até onde pôde?
Nas coisas mais simples vacilamos. Escolher roupas, comida, lugares… Dependendo do quê ou quem, está em jogo, coisas simples podem virar um drama.
Não é à toa que comparamos; casar ou comprar uma bicicleta!
A relatividade das situações, da vida, transformam bobagem em coisa grande.
Sempre que pensamos em decisão pensamos em grandes coisas; profissão, amor, estratégia, educação. Mas a verdade é que decidimos, escolhemos e renunciamos o tempo todo, todo dia.
Pessoalmente acredito que somos feitos das pequenas decisões. Estas nos levam às grandes.
Nossa personalidade desde sempre, se molda nas pequenas escolhas, entre eu e o outro, entre ser ou ter, entre dar ou receber, entre pedir ou fazer…cada momento demanda uma decisão. Acho que o bacana é mudar de posição, parece-me que quem sempre assume um padrão de decisão fica vulnerável, enfraquecido.
Este final de semana um dilema que parecia simples, mas na cabeça de quem decidia, não era. Envolvia temas como responsabilidade, condição física, prazer, crianças…Ir ou ficar era mais do que mudar de lugar, era sair de si mesma e pensar em muitos outros envolvidos. Quem estava de fora simplesmente não entendia a dificuldade nem a amplitude.
Foi um parto.
Levou o dia todo.
Era cômico e tenso ao mesmo tempo, uma sugestão aqui, um palpite ali.
Mas só cabia à dona da decisão, tomá-la.
E tomou.
Uma cosia é certa e universal.
Decidir alivia.
Acalma.
Tranquiliza.
Deixa a gente leve.
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(Google)