Eu costumo dizer que a Natureza em toda sua perfeição cometeu uma injustiça com nós mulheres: tudo acontece nos mesmos 10 anos, para quase todas.
Explico-me.
Entre os 25 e os 35 (mais ou menos), muitas coisas importantes acontecem: relacionamentos + crescimento profissional + maternidade. É uma crueldade.
É tudo absolutamente importante, e quem opta por não abrir mão de nada, fica como uma equilibrista de pratos. Todos equilibrados na ponta da vara e girando ao mesmo tempo.
Estes pratos não convivem pacificamente, crescer profissionalmente, de olho no casamento e na maternidade, sem se descuidar de você mesma, é uma verdadeira ginástica.
ü Vacilar no relacionamento – azeda geral.
ü Deixar para engravidar tarde – complica.
ü Ter filhos e criá-los de maneira ausente – traz consequências.
ü Recusar viagens de trabalho – te empata.
ü Faltar em eventos, reuniões – queima oportunidades.
ü Não ter tempo para você, seu corpo, sua mente – te mata.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Acho que sobrevivi, por pouco…rs
Conseguia equilibrar os pratinhos à base de muito sacrifício, mas não queria abrir mão de nada; amava meu trabalho, meu marido, meus filhos.
Hoje olho pra trás e nem acredito que dava conta da maratona de ter dois filhos pequenos, trabalhar mais de 12 horas dia, e ainda viajar bastante.
Mas freei.
Terapia, conversas, período sabático, esporte; não importa qual o caminho, mas é preciso repensar em algum momento.
Ainda bem que o corpo fala, ou melhor, grita!
Ainda bem que eu escutei bem o meu, e mudei algumas coisas.
