Ontem tive a oportunidade de ouvir uma daquelas histórias que nos tocam a alma, emocionam.
Foi narrada na tarde que passei com meu pai, e era mais ou menos assim.
..”Quando eu estava na primeira série do primário, no grupo escolar, havia uma professora muito boa, mas bastante severa (ele disse o nome mas eu esqueci, desculpem). Era aquela época em que tínhamos uma professora para todas as matérias. Daquelas que davam reguadas e tudo mais, (quando os professores exceto por alguns excessos, tinham autoridade e verdadeiro respeito dos alunos).Enfim, era a professora da turma. E eu era um aluno muito dedicado e me esforçava muito para corresponder.
No final do ano, ela disse que daria um prêmio a todos os alunos que tivessem se dedicado e destacado, foi uma grande euforia.
Ela começou a chamar os alunos e entregar uma régua novinha para cada um. A chamada foi em ordem alfabética, e rapidamente veio a minha tristeza – imensa – pois meu nome era um dos primeiros e não foi chamado….senti um nó no peito, vontade de chorar.
Quando a lista de nomes acabou, eu estava arrasado, e ela disse.
As réguas acabaram, mas tem um aluno que teve um desempenho muito acima da média e merece um prêmio especial – era um livro maravilhoso que lemos ao longo do ano, e que eu particularmente gostava muito -, e nesse momento ela disse meu nome…”
Neste momento a narrativa foi interrompida por uma comoção mútua.
Que recordação maravilhosa que esta professora deixou para este menino, hoje avô.
Ele nunca se esqueceu!!!
Refletindo: vamos proporcionar momentos únicos para nossas crianças, elas vão levá-los para sempre. Aliás, isso também nos faz pensar nos traumas de infância, mas isso é assunto para outra hora.