Tem dias que eu acordo com ela me perseguindo desde cedo.
A agenda do dia; com seus horários, compromissos, endereços, contatos…
Enquanto começo o dia, vou organizando e repassando o roteiro.
Nestes dias, em geral de agenda cheia, dá zebra!
Sinto-me escrava de mim mesma, pois achei que ia dar para fazer tudo, estava tão planejado.
Que nada! Basta uma mensagem, e o efeito é em cascata. Você perde o compromisso em que está, pois fica tentando costurar os demais. Ligações, mensagens, emails, mais ligações, emails, mensagens. A agenda dos outros também é uma loucura!
Imagino que seja como um pronto-socorro. Triagem de casos (compromissos) graves, crônicos, comuns, importantes, urgentes. O que é vital? O que pode esperar? O que pode adiar?
Dá para resolver sozinha? Precisa envolver mais gente?
E parece que neste dia, por mais que tente, sua agenda vai ser doida mesmo.
Ligações, imprevistos, gente fora de hora! Tem que rir!!!
Nestes dias tenho vontade de soltar um “Para tudo, pera aí, fui…”.
Mas… Tento remendar a agenda da melhor maneira e fazer de verdade tudo que se salvou.
Detesto aquela sensação de fazer por fazer, ouvir sem escutar.
Então respiro e me dedico, de verdade. Atendo aquela ligação meio desajeitada, fora de hora, de alguém que precisa de algo. Respondo a mensagem de um filho pedindo alguma coisa. Uso a tecnologia para encarar o trânsito. Ouço música. E o universo começa a conspirar a favor.
Suavemente.
Lei da atração.
No fim do dia, saldo positivo.
Entre mortos e feridos, todos se salvaram!
O K (zero killed)